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Aplicação de uma escala de classificação de risco para o acompanhamento farmacoterapêutico de pacientes pediátricos hospitalizados

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Introdução: O acompanhamento farmacoterapêutico (AFT) consiste na prática profissional em que o farmacêutico se responsabiliza pelas necessidades do doente relacionadas com medicamentos. O acompanhamento é realizado através da detecção de problemas relacionados com medicamentos (PRM) e da prevenção, e resolução dos resultados negativos associados à medicação (RNM), com o objetivo de obter resultados concretos que melhorem a qualidade de vida do paciente (Int. Seg. Farm. BR, 2007). Um instrumento para análise do risco farmacoterapêutico possibilita identificar quais pacientes necessitam de acompanhamento. Objetivos: Descrever os resultados da utilização de uma Escala de Classificação de Risco Farmacoterapêutico (ECRF) por um serviço de farmácia clínica para o AFT de pacientes pediátricos hospitalizados. Métodos: Foram analisados os resultados da aplicação da ECRF realizado pelo farmacêutico clínico na admissão de pacientes do eixo pediátrico, em um hospital em Fortaleza/Ceará, no período de dezembro de 2016 a fevereiro de 2017. A ECRF leva em conta idade, total de medicamentos prescritos, total de medicamentos endovenosos. medicamentos potencialmente perigosos, via de alimentação, complicações clínicas e imunossupressão. Os pacientes foram classificados de acordo com o risco através da soma dos valores de cada categoria. Os pacientes de alto risco foram inseridos em AFT; para os de médio risco, foram monitorados alguns parâmetros laboratoriais (baseado nos medicamentos em uso e em possíveis interações) e para os de baixo risco foi realizada a análise técnica diária da prescrição. Resultados: Em dezembro/16 foram aplicados 109 escores, sendo 81 (74,31%) pacientes classificados como baixo risco, 22 (20,18%) médio risco e 6 (5,5%) alto risco. Em Janeiro/17 foram aplicados 103 escores, sendo 82 (79,61%) baixo risco, 17 (16,5%) médio risco e 4 (3,88%) alto risco. Em fevereiro/17 foram aplicados 112 escores, sendo 89 (79,46%) baixo risco, 20 (17,85%) médio risco e 3 (2,67%) alto risco. Conclusão: A aplicação dos escores permite elencar os pacientes com maior prioridade para AFT, bem como aqueles que terão acompanhamento de parâmetros laboratoriais, tornando o processo de AFT mais eficiente. Antes dos escores, esses pacientes eram escolhidos de acordo com medicamentos marcadores (como uso de múltiplos anticonvulsivantes) ou de acordo com determinadas patologias (como anemia falciforme). Com a aplicação do escore são levados em conta outros fatores, e são pontuados os pacientes que tem maior probabilidade de desenvolver problemas relacionados à farmacoterapia e, portanto, tem necessidade de um acompanhamento.