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K, DE KUCINSKI: A AUTOFICÇÃO COMO INSTRUMENTO PARA A ELABORAÇÃO DO TRAUMA

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Esta pesquisa apresenta uma reflexão em literatura do romance K. – Relato de uma busca, do autor brasileiro Bernardo Kucinski, que teve a irmã sequestrada pelos militares durante a ditadura militar de 1964 do Brasil, a partir da ótica da autoficção. Isso é feito com base em estudos sobre o teor testemunhal, o conceito de autoficção e o de pacto autobiográfico. Com isso, busca se discutir como a autoficção auxilia na elaboração do trauma, uma vez que ajuda a dar voz ao indivíduo que passou por uma situação traumática. A partir da análise do romance, viso mostrar, além disso, como a narração do trauma ajuda na criação da memória coletiva do período ditatorial, algo pouco trabalhado no país, se comparado à forma como a Shoah é abordada na Alemanha, mas de suma importância para a não repetição desses eventos de horror.